domingo, 14 de abril de 2013

TL: Sp. Braga-F.C. Porto, 1-0 (destaques)

Mossoró, o conquistador

SP Braga VS FC Porto (Lusa)

A figura: Mossoró

O expoente máximo do querer bracarense. É por causa de jogadores como o médio brasileiro que o epíteto «guerreiro» encaixa tão bem nesta equipa. Já estava a ser o mais aguerrido dos guerreiros, quando a terminar a primeira parte entrou corajoso na área e foi derrubado pelo gigante Abdoulaye. A falta para grande penalidade é indiscutível. E o prémio de homem do jogo ganhava mais um capítulo, decisivo. A entrega que demonstrou desde o apito inicial mostrava que Mossoró queria levar o estandarte arsenalista ao topo desta batalha, e a vitória na guerra teve muitas batalhas ganhas pelo brasileiro.

TL: Sp. Braga-FC Porto (José Coelho/Lusa)

Negativo:
Confrontos na bancada arsenalista

Era suposto esta ser uma festa do futebol. Havia famílias na bancada que tinham vindo da cidade dos arcebispos para assistir a um dia que podia ser histórico na vida do clube. Não se percebe, por isso, que alguém tenha decidido estragar o momento. Numa zona onde, aparentemente, só havia adeptos arsenalistas ocorreram confrontos que obrigaram à intervenção da polícia de choque, mas pior do que isso, a que famílias inteiras se vissem obrigadas a fugir para a pista do estádio. A festa não merecia isto. E com certeza que a maioria das gentes de Braga também não. 

Cerimónia de abertura
A cerimónia de abertura da final prometia. Foi colorida com as cores de F.C. Porto e Sp. Braga, teve fogo-de-artifício, mas não agradou às duas fações de adeptos. O balão onde deveria ter subido o símbolo dos arsenalistas não cumpriu a sua função, enquanto do outro lado o emblema portista se mostrava bem alto. Não podem ser atribuídas culpas a alguém, mas a verdade é que os adeptos bracarenses passaram o resto da cerimónia a assobiar. Não foi a melhor forma de começar.


O momento: expulsão de Abdoulaye
O intervalo aproximava-se a passos largos, e o marcador mantinha-se inalterado, quando uma infantilidade de Abdoulaye deitou tudo a perder. O jovem central do F.C. Porto já tinha um cartão amarelo, e foi imprudente na abordagem a um lance conduzido por Mossoró. Grande penalidade clara, expulsão do senegalês e a oportunidade dos bracarenses se adiantarem numa altura crucial da final. 

SP Braga VS FC Porto (Lusa)


Outros destaques: 

Custódio

Importantíssimo a travar as investidas dos portistas, que privilegiavam os espaços interiores. O trinco bracarense jogou durinho, mas foi conseguindo sempre os seus intentos. Além disso também foi muito útil nas bolas paradas defensivas. 

Carlão 

Um jogo de esforço do ponta de lança brasileiro, coroado com uma participação decisiva no lance da grande penalidade, quando assistiu Mossoró com um primoroso toque de calcanhar. Sempre muito combativo, só pecou no capítulo da finalização.

Alan 

É o rosto da equipa. O capitão. E aquele que tem aparecido sempre nos grandes momentos do Sp. Braga. Crava ainda mais fundo seu nome na história do clube minhoto. Não fez um daqueles jogos a que já habituou os adeptos, mas é dele o golo decisivo.

Jackson

Não esteve nos melhores dias. Ainda na primeira parte num lance em que terá esticado demasiado a perna direita, pareceu ter ficado limitado fisicamente, e isso poderá ter condicionado a sua performance. Ainda assim foram do colombiano as melhores oportunidades da partida.

Fabiano 

Não foi pelo guarda-redes que o F.C. Porto perdeu esta final. O brasileiro voltou a mostrar que é uma certeza no futuro dos azuis e brancos. Preponderante, sobretudo, na segunda parte, quando os arsenalistas foram mais perigosos.



Erros meus, má fortuna e o fado contrariado. Pode ser este o verso que paira na cabeça do timoneiro arsenalista. O treinador que de leva os arsenalistas à conquista da Taça da Liga parece afastar o fantasma que o persegue: o quase.